Não devia ter ido investigar aquelas portas mais a fundo, seus amigos o avisaram que devia ser só coisa de gente louca, mas para ele não fazia sentido pessoas desaparecerem do nada e dias depois surgirem portas minúsculas. Precisava de uma boa matéria, o que ele teria a perder? Agora não dava mais tempo.

  Numa rua, que ligava St. Galliard a outras ruas, um incêndio gigante, acontecia numa bela e antiga casa senhorial, chamando a atenção da polícia.

  O imóvel estava totalmente fechado. As portas e as janelas estavam reforçadas com cadeados, apesar de possuírem fechaduras próprias.

  Como o fogo começou a se espalhar para outras casas, os homens do corpo de bombeiros tiveram que entrar na mansão, pelo telhado. Durante o tempo que estavam lá, foram importunados de várias maneiras e de um modo absolutamente incompreensível.

  Utensílios, coisas da casa lançados sobre suas cabeças; um dos homens foi empurrado e caiu perigosamente escada abaixo, e o chefe da brigada foi mordido na perna sem saber por quem ou o porquê.

  Ele só podia ficar olhando do lado de fora sem fazer nada, seus familiares estavam lá dentro, sem conseguirem sair. Logo o incêndio foi controlado e no dia seguinte começaram a averiguar o local com mais precisão.

Não haviam sobreviventes na casa, nem os corpos estavam lá, segundo a polícia os ossos devem ter derretido devido ao intenso calor. Já tinha ouvido uma desculpa dessa há muito tempo atrás, de seus amigos do trabalho. "Em 24 de dezembro de 1945, um incêndio destruiu a casa da família Sodder em Fayetteville, West Virginia, Estados Unidos". Com a morte de todos os de sua família. A polícia não teria a ninguém para investigar, a não ser ele próprio, estava nervoso, afinal, o que falaria para os policiais? Que bichos escrotos que saem de mini portas e assassinaram sua família e todos os desaparecidos? Taxariam de louco e tentariam culpa-lo pelo incêndio, ou como um serial killer que matou todo mundo mesmo.

  Acabou por falar que não sabia de nada ou ninguém que quisesse machucar algum membro de sua família, disse que não estava em casa porque estava nas ruas fazendo uma matéria sobre artistas de rua.

Alegou que nunca tinha visto ninguém suspeito, mas tinha ouvido gritos e risos que, eram fracos e pareciam ser ouvidos de longe durante a noite.

Voltando do interrogatório, estava em uma esquina quando, de repente, sentiu uma forte lufada de ar gelado na nuca e, acreditando ser alguém, talvez um policial ou outro jornalista interessado no caso, se virou. No entanto, não tinha nada, mas ele pôde vislumbrar, perto do teto, um rosto horripilante olhando para ela.

Gritou por socorro, e aquele rosto desapareceu instantaneamente.

  Não sabemos se as autoridades insistiram com ele. E nem se a própria polícia estava ou não envolvidos com essas portas. Creio que a melhor opção seria você tomar um partido, porque, na realidade, são apenas portas não são?