Colégio Integral de Curitiba - Paraná (2023)
*Este conto foi criado em um projeto realizado no Colégio Integral sob a coordenação da profa. Vanessa, inspirado nas MiniPortas de Maringá, e gentilmente cedido para publicação neste site.
Logo pela manhã decidi dar uma volta no parque. Chegando lá, encontrei uma pequena portinha encaixada em uma árvore. Ela era tão pequena e bonitinha. Mas resolvi não dar importância a isso, afinal, poderia ser de alguém, né?!
Uma semana se passou e voltei ao parque, e lá estava a portinha. Eu não poderia deixar minha curiosidade de lado, então me aproximei dela para olhar no olho mágico.
Lá dentro vi uma nebulosa mágica e estrelada. Foi quando decidi entrar para explorar além daquilo. Mas como eu ia passar por uma portinha de 20 cm?
De repente, escuto uma voz fininha vindo de dentro da porta:
- Apenas diga essas palavras: Para passar diminuirei lá dentro um novo mundo, eu descobrirei.
Confesso que achei tudo muito esquisito, mas assim que eu disse as palavras a porta se abriu. Eu nunca tinha visto nada parecido. Nuvens coloridas, sons de natureza, estrelas e fadas que falam e um aroma doce e suave predominavam naquele lugar.
Levei um susto quando uma fada chegou perto de mim e disse:
- Toque aquele sino.
- Por quê? Perguntei.
- Apenas toque. Disse ela com uma voz pacífica.
Toquei o sino e após a primeira badalada eu só via estrelas, um lugar amplo e com uma escada de madeira que não dava em nada. Mas onde eu estava agora? Cheguei à conclusão que não deveria ter dito aquelas palavras para adentrar à portinha.
- Alguém? Gritei. – Tem alguém aí? – Socorro! Socorro! - Onde estou?
Por que ninguém me respondia? Talvez porque não tivesse ninguém além de mim, pensei. Olhei para baixo e eu estava em cima de uma esfera, um planeta na verdade.
- Ah, eu estou em cima de um planeta!
Mas como assim? UM PLANETA!?!?
Gritei novamente para alguém. E foi quando um velhinho de 20 cm (do tamanho da portinha), com uma barba comprida e branquinha e uma roupa azul, apareceu ao meu lado.
- Quem é você? Perguntei.
- Eu sou o Marchal e vivo aqui no planeta Meri faz quase 600 anos.
600 anos. Uau! Quantos anos será que ele tem? Planeta Meri? O que é isso? Questionei a mim mesma.
- E o que faz aqui Marchal? Ou melhor, o que eu estou fazendo aqui?
- Eu estou aqui para te ajudar Charlotte! E você foi a escolhida para lutar com o Duende Cinza que vive em cima dessa escada de madeira.
- Eu?! Escolhida?! Mas, nem estou vendo esse tal de duende Cinza.
- Se acalme Charlotte! Não conseguimos vê-lo. Continuou- Mas quando ele se irrita, todos temem combate-lo.
- Tá, mas como ele vive em cima de uma escada? Para mim, essa escada não leva a nada.
- Só vimos aonde essa escada leva, depois de subi-la.
- E quantos degraus eu tenho que subir?
- Cinco!
Eu ia enfrentar a fera e acabar logo com isso. Subi os três primeiros degraus e um barulho alto fez me desequilibrar e cair.
-HAHAHAHA Charlote, tome cuidado!
- Eu não achei graça! Respondi.
Ele continuou: - Ora vamos! Você é muito corajosa menina!
- Meu nome é Charlotte! Resmunguei
- Está bem Charlotte, vamos lá!
Respirei fundo e levantei do chão para tentar enfrentar o Duende Cinza. Subi o primeiro degrau, o segundo e no terceiro, me concentrei para não cair. Prendi a respiração e...Ufa! Ainda bem que não cai de novo. Chegando no quinto degrau o Duende se levantou. Caramba, por mais que duendes fossem pequenos, esse era enorme e cinza.
- Quem é você? Perguntou a criatura
- Meu nome é Charlotte! Disse com firmeza e confiança
- E o que você quer? Respondeu ele apressadamente
- Eu, eu, eu...Olhei para baixo e Marchal dizia: - Você venho diminuir esse planeta e o levar para um bom lugar.
Respondi ao Duende o que Marchal me havia dito. E ele sem mais nem menos, disse: - Você sabe cantar? - Respondi que sim. –Então cante para mim.
Cantei a nova música do Justin Bieber, mas a fera com cara de desaprovação, disse para eu cantar uma música calma. Tranquila, comecei a cantar novamente e o Duende Cinza adormeceu.
Aproveitei esse momento para jogar nele a poção que Marchal havia me dado. E sem demora a criatura diminuiu de tamanho.
- Carregue ele nas costas e desça da escada. Disse Marchal.
Fiz isso e fui correndo para o lado de Marchal; foi quando ele disse: - O portal vai fechar pois o monstro não viverá mais aqui. Ele é o único que ainda consegue manter essa passagem aberta.
De repente, um buraco no chão se abriu e eu, a fera (que estava sendo carregada pelas minhas costas) e Marchal pulamos no buraco. Caímos direto na árvore onde a portinha estava.
Quando eu olhei para trás, o Duende Cinza havia se transformado em uma borboleta, isso porque ele só era um monstro devido a um feitiço, mas não sei muita coisa sobre. Marchal estava feliz na companhia de suas amigas fadas, e as estrelas estavam cantando. Eles me disseram que a missão havia acabado e eu já poderia voltar para casa. Me despedi deles e saí da árvore, passando pela portinha.
Meu tamanho tinha voltado ao normal, o Planeta Meri virou uma estrela brilhante, e a Portinha virou um lindo cogumelo na grama do parque.
Depois de tudo isso, voltei para minha casa e na escuridão da noite eu olhava pela janela e tentava encontrar, agora, a estrela Meri, na imensidão da galáxia.
Talvez ainda tenha mais alguma aventura por lá.
Até breve!