HISTÓRIAS DAS MINIPORTAS

Conto #27 Mini porta
Izabel Fabri Gemin

Colégio Integral de Curitiba - Paraná (2023)

*Este conto foi criado em um projeto realizado no Colégio Integral sob a coordenação da profa. Vanessa, inspirado nas MiniPortas de Maringá, e gentilmente cedido para publicação neste site.

Era pequena e ignorada, ninguém a via pelo seu tamanho. Morava em uma casa de tamanho comum, usava roupas comuns e se comportava de forma comum. Se sentia sozinha, e até talvez incompreendida. Era excluída, rebaixada, negligenciada, sem ao menos uma explicação.

 A pequena mulher ao sentir-se deslocada, criou seu refúgio. Uma miniporta no qual ela atravessava sempre que sentia necessidade, atrás de sua portinha se encontrava uma enorme floresta, com árvores tão altas que encostava sua copa nas estrelas ali presentes, suas raízes eram longas e saltavam para fora da terra criando desenhos pelo chão

  Lá ela não se sentia pequena, se sentia gigante, estava confortável, e podia ser livre da sociedade. Era um lugar seguro para ela pensar em si e como mudar sua vida. Em umas de suas visitas ela vê um pássaro minúsculo, de um marrom quase imperceptível na floresta. Seu canto era muito belo, com um enorme volume, dando para ouvir ele quilômetros a fio. Impressionada com o pequeno animal ela voltou para casa. Ela decidiu que até poderia ser ignorada por seu tamanho, mas nunca deixariam de ouvir seu canto, que nem o belo passarinho.

Essa portinha todos têm, mas a portinha da mini mulher está em Maringá e tem uma cor rosa, talvez achem mais por aí.